Confira o que esperar para os próximos anos
Ficou para trás o tempo em que os profissionais de TI eram responsáveis apenas por atender as demandas da rede de computadores da empresa, instalação e manutenção de equipamentos. A área cresceu e assumiu uma representatividade significativa em grandes organizações, bem como, na criação e operação de soluções inovadoras e disruptivas nos setores de transporte, alimentação, saúde, segurança, educação e entretenimento, entre outros. De acordo com o relatório Insights, da Associação de Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) -Julho/2022, o número de empresas de TI triplicou nos últimos dez anos. Considerando o avanço da digitalização e todo o contexto pós-pandemia, esse crescimento se tornou ainda mais evidente e requer qualificações cada vez mais específicas.
Você está preparado?
Confira a seguir as principais tendências para o mercado de TI.
Mais investimentos na área
Captar recursos para o desenvolvimento e comercialização de novas tecnologias é um dos principais fatores para alavancar a área de TI no Brasil. A boa notícia é que, segundo a Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), o país pode crescer 14,3% em aportes para tecnologia da informação, ainda em 2022. Na América Latina, o Brasil lidera o ranking entre os países que possuem mais investimentos no setor.
Profissionais qualificados
O estudo Profissões Emergentes na Era Digital, realizado pelo SENAI e pela consultoria GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional) -2021, projeta para os próximos 10 anos um aumento de, aproximadamente, 30% no número de vagas de empregos no setor de software e TI. Para suprir essa demanda e acompanhar os avanços do processo de digitalização, a qualificação de profissionais aptos a assumirem tais posições é essencial. A necessidade de especialização refere-se tanto aos colaboradores que já atuam no segmento e devem aderir às novas tecnologias, quanto aos recém-formados, que ingressam neste mercado e devem desenvolver habilidades que extrapolam o conhecimento técnico, como resolução de problemas complexos, raciocínio lógico, trabalho em equipe, entre outros.
Novos mercados emergentes
Devido à complexidade de tecnologias recentes no mercado, novas profissões têm surgido e realocado especialistas para as novas funções dedicadas a atender às demandas atuais. Um programador, por exemplo, pode se especializar como cientista de dados ou analista de cibersegurança, que encabeçam a lista de profissões emergentes no setor de software e TI, assim como especialista em inteligência artificial, analista DevOp Blockchain, programador de jogos digitais, entre outras.
Crescimento das mulheres no setor de TI
O avanço de tecnologias digitais em diversos segmentos contribui para desassociar a ideia de aplicação de força de trabalho nas operações e abre cada vez mais espaço para a atuação das mulheres na área. De acordo com a consultoria global Thoughtworks, atualmente, as mulheres representam 31% das vagas preenchidas no segmento de TI. No Brasil, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostram que a participação feminina no mercado aumentou cerca de 60%, no intervalo entre 2015 e 2020. No entanto, mesmo com a evidência do crescimento, a comparação de representatividade entre homens e mulheres no setor de TI ainda é discrepante.
Melhores condições de trabalho
Um especialista de TI pode ganhar até R$ 47.800 mensais, segundo o Guia Salarial da consultoria Robert Half (2022), conforme o nível de experiência e o cargo exercido. No entanto, os profissionais da geração baby boomers, caracterizados pela valorização de altos salários, são cada vez mais raros no quadro de funcionários de empresas de TI, enquanto colaboradores da geração Y e Z, estão em ascensão e, por sua vez, pleiteiam, não somente valores, mas uma cultura organizacional mais empática, transparente e humanizada. As tendências para o mercado de TI são bastante otimistas e projetam, em médio e longo prazo, avanços que vão impactar a sociedade e a economia do país. Mas, para isso, é importante o desenvolvimento de processos de capacitação e educação continuada nas organizações, assim como, a priorização do modelo de trabalho remoto como uma forma de transpor as barreiras geográficas para a contratação de profissionais qualificados na área.